A pandemia do novo Coronavírus trouxe à luz o debate da nossa finitude. Também, Segundo a OMS, o número de mortos em decorrência do novo coronavírus ao redor do mundo subiu para 545.481. Essa é a estatística que temos hoje.
A par disso, os noticiários nos revelam o drama vivido por inúmeros doentes abatidos pelo vírus, que morrem solitários e sem o mínimo de dignidade no sentido de respeito às suas vontades existenciais em fim de vida.
Sim, o Coronavírus pode resultar em ameaça à manutenção da vida, e representar, para muitos, uma doença de natureza grave e irreversível.
Diante dessa possibilidade e em razão da alta transmissibilidade do vírus, capaz de acometer qualquer um de nós em sua forma mais grave, as pessoas têm buscado falar mais sobre o tema, inclusive, deixando assinalados previamente os seus desejos (cuidados de saúde) caso não consigam mais manifestar autonomamente a sua vontade.
Mas para que essa vontade seja assegurada, indispensável que a pessoa a formalize em um documento, preferencialmente redigido com a ajuda de um advogado e médico, para que surtam os efeitos jurídicos dele esperados.
Aí entra em cena o Testamento Vital. No brilhante magistério de Luciana Dadalto, trata-se de um negócio jurídico unilateral de natureza existencial, sob condição suspensiva, vez que sua eficácia ficará suspensa até que ocorram os seguintes fatos, somados: (i) estado clínico fora de possibilidades terapêuticas de cura; e, (ii) perda de discernimento do paciente.
Assim, estamos falando de um documento que instrumentaliza e viabiliza que o ser humano tenha um fim de vida conformado aos seus valores mais caros e elevados.
Seja o protagonista da sua história! Faça o seu testamento vital!