“Médico cavalo com cara de Hannibal”.
Essas foram as palavras proferidas por uma paciente, em sua página do “Facebook”.
Ah, mas o paciente tem o direito de se manifestar. Trata-se de liberdade de expressão.
Calma lá!
O exercício do direito à manifestação possui limites.
É vedado ao paciente (ou aos familiares deste, p.ex), sair por aí reverberando a existência de “erro médico” sem que haja lastro para tanto.
O médico, pela natureza do seu ofício, depende da higidez do seu nome e da sua imagem para o livre exercício da medicina.
Acusações de negligência podem sepultar a carreira de um profissional, ainda mais quando acompanhadas de enunciações pesadas, como a dos autos, em que o médico foi associado a um serial-killer famoso do cinema mundial
Claro. A Justiça fora feita!
Aliás, hoje passei o dia confeccionando uma petição inicial para o meu cliente médico que está sendo injustamente atacado pelo filho do seu paciente falecido. Estamos agindo para que a pessoa ofensora retire tais publicações com conteúdo ilícito, e para que se abstenha de novas postagens neste sentido (e claro, um pedido de reparação por danos morais).
Utilizarei na peça julgados paradigmas importantes, inclusive este que estou a compartilhar agora com vocês.
Sim, a luta é justa, e o direito é bom.
Abraço forte a todos.