“Embora a prescrição de remédios do chamado kit covid tenha o aval do CFM (Conselho Federal de Medicina), que defende o argumento da autonomia médica, os profissionais podem ser punidos se divulgarem as drogas como garantia de cura ou se o tratamento causar efeitos colaterais aos pacientes.
Ao menos quatro CRMs (conselhos regionais de Medicina) já investigam casos do tipo, segundo levantamento feito pelo Estadão com os 27 conselhos, que são os órgãos responsáveis por fiscalizar o exercício da profissão nos estados.
Três deles informaram o número total de sindicâncias abertas. São Paulo investiga 25 casos. No Rio Grande do Sul, são dez registros. Na Bahia, outras oito. Ao menos em dois casos (em São Paulo e na Bahia), os médicos investigados já sofreram uma interdição cautelar – ou seja, tiveram a licença para exercer a medicina suspensa temporariamente.
Segundo Edoardo Vattimo, coordenador de Comunicação do Conselho Regional de Medicina paulista, a maioria das sindicâncias abertas por ele tem como alvo médicos que fizeram propagandas indevidas do suposto tratamento precoce contra a covid. “A prescrição desses remédios não leva a sindicância porque o parecer do CFM diz que isso é permitido. O que a gente investiga são situações em que são feitas promessas de resultados, garantia de cura, sensacionalismo”, explica ele.” (Fonte: UOL).
E você, o que pensa sobre essa discussão? Quais seriam os limites dessas prescrições?