PRECISAMOS E DEVEMOS CUIDAR DE QUEM CUIDA DA GENTE.
Uma realidade de doer o coração: O Brasil é o país com mais mortes de enfermeiros e profissionais de saúde devido à pandemia por Covid-19.
De acordo com o Cofen, são 157 mortes, sendo que, nesta quarta-feira (27), já foram confirmadas mais vítimas que ainda serão contabilizadas até o final do dia. O ICN informa que o país tem um número de mortes entre enfermeiros maior que o dos Estados Unidos.
Números:
* 157 óbitos- enfermeiros, técnicos e auxiliares
* Mais de 17 mil casos confirmados
* 5,5 mil confirmados
É, os indicadores são agressivos, e corroboram o menosprezo do Estado à saúde e à segurança daqueles que cuidam e arriscam suas próprias vidas pela gente.
Dar condições de trabalho (para que consigam entregar ao paciente um serviço seguro), fornecer os equipamentos de proteção individual ADEQUADOS (para resguardá-los dos riscos de toda sorte de doenças) e tratá-los com dignidade, SÃO OBRIGAÇÕES MÍNIMAS que devem ser asseguradas a esses profissionais. E aí, estamos a contemplar, além dos enfermeiros, TODOS aqueles que são expostos a um risco exacerbado de contaminação, sem a proteção necessária. .
Passou da hora de abrirmos os olhos. E o vírus invisível, de certa forma, está sendo uma excelente oportunidade de trazermos à mesa algo que era eloquentemente negligenciado.
Não adianta mais (e nem dá) dourar a pílula. Os problemas devem ser postos e geridos, rumo à solução ou minimização das desconformidades constitucionais.
Ora, profissionais da saúde também são humanos. Têm direito à preservação de suas dignidades nas dimensões da tutela de suas integridades físicas e psíquicas. São sujeitos de direitos. E o Estado deve lhes prover todas as condições materiais necessárias para que seus direitos sejam concretizados.
Mais amor, mais respeito, mais proteção, mais dignidade. Vamos lutar por quem cuida da gente!